Tuesday, April 24, 2007

NOVO TERMINAL DE CRUZEIROS EM LISBOA







A Administração do Porto de Lisboa (APL) assinou dia 19 de Abril de 2007, com o consórcio Somague/Seth, o contrato da 1ª Fase da Construção do Terminal de Cruzeiros de Santa Apolónia (Jardim do Tabaco), numa cerimónia presidida pela Secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino.

Esta acção da APL dá início ao processo de concentração da actividade de cruzeiros num único local que irá incluir o actual Terminal de Santa Apolónia e todo o espaço compreendido entre este cais e a Doca da Marinha, ao Terreiro do Paço.
As obras previstas para o novo Terminal de Cruzeiros, a concluir no terceiro trimestre de 2010, incluem o desenvolvimento e a reabilitação dos cais existentes, entre Santa Apolónia e a Doca da Marinha, com a instalação de uma nova estrutura avançada que cria fundos mais adequados à acostagem dos navios de cruzeiro e a construção de uma nova Gare Marítima a localizar no espaço da actual Doca do Jardim do Tabaco, que será aterrada.
Com um investimento total de 37.000.000 euros (40 por cento provenientes do QCAIII – FEDER e 60 por cento oriundos de verbas da APL) o novo Terminal de Cruzeiros do Porto de Lisboa abrangerá toda a frente de acostagem entre Santa Apolónia e a Doca da Marinha, numa extensão de cerca de 675 metros, a que se acrescentam os actuais 400 metros de cais já a funcionar em Santa Apolónia.
A obra envolverá o fecho da Doca do Terreiro de Trigo e o tratamento e consolidação dos substratos lodosos no seu interior. O novo cais acostável terá na sua frente de rio o coroamento à cota + 5,70m (ZH), garantindo uma solução de continuidade a partir do actual cais de Santa Apolónia, ao qual ficará ligado quando a obra estiver concluída.Na frente acostável os fundos ficarão à cota -12m (ZH), estando a estrutura dimensionada e preparada para que os mesmos possam vir a ser aprofundados, por dragagem, para a cota -14m (ZH).
Lisboa dispõe actualmente de três terminais para cruzeiros, Alcântara, Rocha e Santa Apolónia, com fundos de -10 a -8 metros e uma extensão total de cais acostáveis de 1515 metros, contra os 1075 do futuro terminal.
Em 2006 registou-se em Lisboa um movimento significativo de navios de cruzeiros, com 269 escalas e 270.893 passageiros. Esta actividade apresenta uma tendência para o crescimento sustentado, com a particularidade de os navios serem cada vez de maiores dimensões. Verifica-se ainda uma certa sazonalidade, com maior afluência de cruzeiros a Lisboa em Abril e Maio e Setembro, havendo dias com 5 e mais escalas simultâneas que, dependendo das dimensões dos navios, pode criar dificuldades de atracação. A APL prevê no futuro o encerramento dos terminais de Alcântara e Rocha, mas a pressão exercida pela procura crescente poderá obrigar a reequacionar esta medida ou a solução diversa.

Text edited by L.M. Correia; digital images by APL; photos copyright L.M.Correia. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Thanks for your visit and comments. You are most welcome at any time - Luís Miguel Correia

5 comments:

Raquel Sabino Pereira said...

Excelente notícia.

* * * * *

Aproveito para deixar aqui a informação de que inaugura hoje, pelas 18h00, a Exposição do «Prémio de Pintura João Barata 2005/2006», de Rodrigo Bettencourt da Câmara (1º Prémio), na Galeria de Arte Moderna da Sociedade Nacional de Belas Artes e que estará patente até 22 de Maio de 2007. Ver mais imagens no Atlântico Azul.

Anonymous said...

É uma obra necessária! No entanto penso que irão proibir o acesso aos cais onde hoje em dia pode-se estar. Irão pôr cercas e vedações com sinais de proibição como já acontece em muitos outros cais do porto de Lisboa. Se ao menos a APL se lembrasse dos entusiastas de navios e de todas aquelas pessoas que não o sendo gostam de passear junto ao rio!
Qualquer dia será mais fácil ver navios no Museu da Marinha que à beira Tejo!

Raquel Sabino Pereira said...

Esta preocupação do «Mar da Palha» tem de ser exposta nas reuniões da Comissão Interministerial para os Assuntos do Mar (que reunirá pela primeira vez em Maio de 2007) e ficar salvaguardada.

Se me ajudarem a fazer um levantamento de preocupações, farei uma proposta de documento na Estratégia Azul.

LUIS MIGUEL CORREIA said...

Mar da Palha,

A própria APL tem todo o interesse e abertura no sentido de aproximar as pessoas da actividade portuária, daí o empenho nas actuais comemorações dos 100 anos do Porto de Lisboa.
Já foste por exemplo às Relações Publicas da APL, na Junqueira?
A segurança, entre outras questões custa muito dinheiro e existe em consequência da conjuntura e tensões internacionais. Mas com a nossa iniciativa e gosto por estas coisas todas é possível ultrapassar constrangimentos, etc...

PauloMestre said...

Ele que venha... muitas horas serão passadas nas varandas de Santa Luzia, que com esta localização será o local ideal para se fotografar os navios lá embaixo.

Em relação aos acessos... restrições sem fim, como era de esperar, e vai ser esperar.
Teremos mais cercas e arame farpado, como se vê mais abaixo.

Só é pena que se crie uma barreira de acesso ao Rio... contrária ao que tinha sido proposto à uns anos, que era a de devolver o Tejo a Lisboa e as Lisboetas.

Basta ver a malta que acorre ao paredão entre Alcantâra e Belem ou na zona da Expo, para se perceber, que, com a reabilitação certa, se consegue fazer com que os Lisboetas gostem de estar junto do Tejo.

Paulo Mestre